segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Face ao Dólar - MOEDA NACIONAL DEPRECIA 0,04 POR CENTO

No fecho da segunda quinzena do passado mês de Julho, a cotação do dólar norte-americano no Mercado Cambial Interbancário (MCI) foi de 26.69 meticais, o que corresponde a uma depreciação nominal do Metical de 0,04 por cento, relativamente à taxa de câmbio que vigorou no dia 15 de Julho de 2009 e uma depreciação mensal de 0,2 por cento. Até o dia 31 de Julho, o Metical registou uma depreciação acumulada e anual de 6.4 por cento e 11.3 por cento, respectivamente.

Do cruzamento da cotação do dólar norte-americano na praça de Londres com o câmbio desta moeda no mercado doméstico, resultam para o mesmo período, cotações de 37,68 meticais/euro e 3,41 meticais/rand sul-africano, níveis que relativamente à primeira quinzena de Julho de 2009, representam uma depreciação nominal do Metical de 0,24 por cento e 3,65 por cento, respectivamente.
Em termos mensais, o metical ganhou terreno face a moeda sul-africana em 1,7 por cento, tendo, no entanto, perdido face a moeda europeia em 0,3 por cento, após depreciação mensal de 3.9 por cento e 0,3 por cento, respectivamente, registada em Junho.

Comparativamente ao euro, o Metical registou na segunda quinzena de Julho corrente, uma depreciação acumulada e anual de 6,7 por cento e 0,3 por cento, respectivamente, mais 25 pb e 2.68pp relativamente ao nível observado no período anterior. Face ao Rand, a moeda nacional registou, em termos de variação
acumulada uma depreciação de 27.2 por cento mais 4.5pp face ao período homólogo e, em termos anuais, menos 15pb situando-se em 4,0 por cento no fecho da segunda quinzena em análise.

Juros dos BT reduzem no Mercado Monetário Interbancário, as taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro para as diversas maturidades registaram, na quinzena em análise, uma tendência de redução. Com efeito, as taxas de juro médias dos Bilhetes do Tesouro para as maturidades de 182 e 364 dias reduziram em 20pb e 14pb passando para10.30 por cento e 11.00 por cento, respectivamente tendo, no entanto, a taxa de juros média para maturidade 91 dias se mantido inalterada em 9.85 por cento. Por seu turno, a taxa de juro média das permutas de liquidez entre as instituições de crédito também reduziu em 60pb, para 5.90 por cento, face à taxa média observada no último dia da primeira quinzena de Julho de 2009.

As taxas de intervenção do Banco de Moçambique, nomeadamente, da Facilidade Permanente de Cedência de liquidez (FPC) e da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD), mantiveram-se inalteradas em 11.50 por cento e 3.00 por cento, respectivamente. Relativamente às reservas bancárias, dados preliminares reportados ao 31 de Julho de 2009 apontam para um saldo de 7,674.05 milhões de meticais,
equivalente a um aumento em 132.4 milhões de meticais, reflectindo fundamentalmente, o incremento da
componente denominada em moeda estrangeira em 161.5 milhões amortecidos pela redução da parte em
moeda nacional em 29.1 milhões de meticais.

A redução observada nas reservas em moeda nacional resultou da emissão líquida de Repos no valor de
1,181.8 milhão de meticais; venda líquida de divisas efectuada pelo Banco de Moçambique no MCI, no contravalor de 741.1 milhões de meticais; levantamentos líquidos no montante de 407.0 milhões de MT; emissão líquida de Bilhetes do Tesouro (BT´s) no montante de 114.8 milhões de meticais; e diversas operações no valor de 44.1 milhões de meticais.

Para o aumento das reservas bancárias concorreu a injecção líquida de 1,449.8 milhões de meticais efectuadas pelo Estado no âmbito da execução orçamental; o vencimento líquido da FPD no valor de 984.7 milhões de metixcais; e as operações liquidas na FPC que resultaram na expansão de liquidez no montante de 25.1 milhões de meticais.
Fonte: Raio X, 28/08/09, P. 1,3 (Redacção)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Crise Financeira: FMI injecta fundos à Economia Moçambicana

A partir de hoje, 28 de Agosto de 2009, Moçambique beneficia de cerca de USD 108 milhões desembolsados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para fazer face aos efeitos da Crise Financeira Internacional, que tem assolado vários países incluíndo Moçambique.

O FMI pretende estender esta medida, com um valor global de USD 250 biliões, a outros paíse de mercados emergentes e de baixa renda, membros daquela instituição financeira mundial.

Estes valores vão aumentar os Activos Externos Brutos (AEL) desses países disponibilizados por aquela instituição financeira, através do Departamento de Direitos Especiais de Saque, de acordo com a proporção das quotas que cada país detém e de acordo ainda, com o tamanho relativo de cada economia no panorama global.
Fonte: http://www.bancomoc.mz

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Africa do Sul: 20% de aumento salarial marca o fim da greve

Informações publicadas pela http://www.fin24.com/ indicam que o Sindicato dos Trabalhadores Municipais anunciou o fim dos cinco dias de greve que os trabalhadores municipais vinham observando no País, com a celebração de um acordo que estipula o incremento do salário mínimo, passando dos actuais R3.352 para R3.850 valor que passará para R4.000 a partir de Janeiro de 2010, o que corresponderá a um aumento global de cerca de 20%. Adicionalmente, as autoridades incrementaram o subsídio de habitação em R50.000 ao longo dos três anos, e de forma faseada, passando dos actuais R85,000 para R135.000 no ano 2011.

A manifestação foi feita pelos trabalhadores dos ramos dos transportes, farmácias e serviços municipais que reivindicavam o aumento de salários em 2 dígitos percentuais. Os cerca de 150.000 trabalhadores dos serviços municipais recusaram os 11.5% do aumento de salários propostos pelo Governo, contra os 15% por eles exigidos inicialmente, tudo para garantir o poder de compra dos trabalhadores, uma vez que, em Agosto de 2008, a inflação atingiu o pico de 13% e encontra-se actualmente (Maio de 2009) em 8% . Estes trabalhadores ameaçavam inviabilizar os jogos do Mundial de Futebol de 2010, caso o Governo não satisfaça as suas exigências.

A mesma fonte indica que os protestos e a onda de greves ainda não alarmaram os investidores, que depositam confiança à nova administração do país em garantir a manutenção da despesa sustentável, embora julguem inapropriada a exigência do duplo dígito aumento salarial, num momento em que a economia atravessa a fase de recessão.

É lógico que com o aumento salarial dos trabalhadores sul africanos, os produtos de primeira necessidade e não só vão registar aumentos significativos com impacto à economia nacional que depende em certa medida de importação de alguns produtos da visinha África do Sul. Contudo, sobem os salários sul africanos e o poder aquisitivo dos moçambicanos baixa.